A diabetes é considerada como uma disfunção decorrente da falta de insulina, podendo ainda ser uma diminuição na produção ou incapacidade da insulina produzida de exercer suas ações, ocasionando o aumento da glicemia (açúcar no sangue).
A função da insulina é garantir a entrada de glicose nas células para a produção de energia, desenvolvendo assim um bom funcionamento do organismo.
Existem vários tipos de Diabetes e os principais tipos são :
DIABETES TIPO I:
O pâncreas para de produzir insulina, sendo mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Os sinais e sintomas são: polidipisia (muita sede), polifagia (muita fome), poliuria muita urina) e perda de peso.
DIABETES TIPO II:
Neste o pâncreas diminui a produção de insulina ou a insulina não é bem utilizada, sendo mais comum em adultos após os 40 anos. De 60% a 90% dos pacientes são obesos e geralmente existem outras pessoas na família com a patologia. Os sinais e sintomas são: desânimo, fraqueza, cansaço físico, alterações visuais, infecções freqüentes de pele, urina e genitais, lesões nas pernas ou pés de difícil cicatrização.
Existem algumas complicações agudas como: hiperglicemia (alta taxa de açúcar no sangue) e a hipoglicemia (baixa taxa de glicose no sangue).
Há também complicações crônicas que ocorrem em longo prazo e estão relacionadas aos níveis elevados de glicemia. São elas:
Retinopatia: alterações nos vasos sanguíneos da retina podem levar a cegueira;
Neuropatia: alterações nas fibras nervosas dos genitais, pernas e pés, provocando diminuição ou perda da sensibilidade;
Nefropatia: alterações nos vasos sanguíneos; dos rins, prejudicando a filtração do sangue, alterações nos vasos sanguíneos do cérebro, coração e membros inferiores, ocasionando derrame cerebral, infarto e angina.
PRÁTICA DE EXERCÍCIOS REGULARES
Qualquer tipo de exercício regular ajuda a diminuir o nível de glicose no sangue e estimula a circulação sangüínea. Para o paciente de diabetes, qualquer tipo de atividade física deve ser considerada como exercício, desde as tarefas domiciliares até uma simples caminhada.
O exercício físico aumenta a captação e utilização de glicose pelos músculos, sendo que este consumo depende da intensidade e duração do esforço físico.
Podemos citar grandes benefícios oriundos da prática regular de exercícios: captação de glicose pós-exercício: após o término a musculatura continua captando glicose mais eficientemente; aumento da ação da insulina e dos hipoglicemiantes: reduz a massa corporal, principalmente se o exercício estiver associado a uma dieta.
Para que um diabético possa participar de um programa de exercícios é necessário que esteja com o nível de glicemia adequado e seguir recomendações especiais, não devendo se exercitar no pico da insulina para evitar hipoglicemia e não aplicar insulina nas regiões dos músculos que participaram ativamente do exercício.
O ideal é que também possa haver uma automonitoração da glicemia, antes, durante e após o exercício; glicemia superior a 250mg/dl desaconselha-se a prática do exercício, devendo entrar em contato com o médico responsável. Evitar ser atleta de “final de semana” pois dificultará acertos na insulina.
O exercício não substitui a insulina ou a medicação e deve ser encarado como parte de um programa. Quanto ao tipo de exercício, deve ser adequado às possibilidades e limitações do aluno, observando possíveis complicações crônicas, devendo haver participação de médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e professor de educação física. Os objetivos, duração, intensidade e cuidados com os fatores de riscos, são aspectos primordiais para um trabalho seguro. |